segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Talento para o verão

A minha avó mora em Iguaba Grande. Lá é uma cidadezinha que fica entre Araruama e São Pedro da Aldeia. A casa da minha avó tem dois andares e piso de ladrilho marrom quase cor-de-abóbora. É dentro de um condomínio chamado Ilha das Garças. Eu passei as minhas férias de verão lá dos sete aos 15 anos. Esses dias eu me dei conta de que a gente não sente saudade do que viveu intensamente. A gente gosta de lembrar e tudo, mas saudade mesmo a gente sente do que não se esgotou. É o que Drummond chamou de "retrato na parede que dói". Iguaba é assim pra mim. Eu sinto tanta, tanta saudade que nem consigo ir visitar a minha avó porque quando eu chego lá, tenho que olhar para as casas dos amigos, para a minha bicicleta com o pneu vazio e para a rua que era de terra e que foi asfaltada recentemente.
Em Iguaba eu me apaixonei pela primeira vez. Eu me lembro que fiquei sem dormir por noites e mais noites e me lembro que quando chegava perto dele ficava tão nervosa que a minha barriga doía. Eu tinha 11 anos. Ele era cabeludo, gostava de Bon Jovi e tinha uma banda chamada Black Hearts (Ui!). Eu o conheci no Carnaval de 1996, mas nós nem nos falamos. Me disseram que ele morava em Copacabana e eu, tijucana filha de um paulista e de uma ex-moradora do Lins, só tinha ido lá uma vez pra ir ao ortopedista porque minha mãe achava que eu pisava torto. A máxima desse médico, por sinal, me causou um trauma. Ele dizia que "a beleza está na magreza". Não preciso dizer que ouvi isso a vida inteira da boca da minha mamãe. Pois bem, eu ficava imaginando como era a vida dele em frente a praia, como eram os shows da banda dele, me perguntava se ele se lembraria de mim e se nós nos beijaríamos e seríamos felizes para sempre.
Poucas coisas mudaram nas paixões atuais. Eu continuo ficando nervosa e tropeçando quando vejo o ser amado e ainda perco o sono. Se passaram 13 anos e eu não sei muito bem o que fazer com os amores contrariados. E foram tantos... Já era pra eu ter aprendido. Se os errados que me aparecem fossem divertidos eu até tentaria me divertir com eles, mas além de serem meio chatos, a maioria ainda é constituída de pão-duros.
Estou tirando o Wagner Moura do topo da pirâmide dos homens perfeitos. Pelo twitter eu vi o quanto ele é chato e clichê. Vou substituí-lo pelo Leonardo Medeiros. E com ele, que fala pouco e baixo e que tem os cabelos grisalhos mais charmosos do cinema nacional, eu vou ser feliz.
Mudando de assunto, eu me pergunto constantemente quem é mais bonita, a Juliana Paes ou a Cleo Pires. Nunca encontro a resposta, apesar de eu achar a Juliana mais simpática, graciosa e gostosa. A AREZZO advinhou a minha indagação e colocou as duas beldades numa foto super provocante na piscina para a nova campanha. Achei sensacional. Principalmente porque a bolsa da Juliana está dentro da água e as duas estão de coque e com as unhas pintadas de cores fortes.
Se inventassem uma grife para gordinhas despudoradas podiam me convidar. Eu tenho muito talento para fotos sensuais.
Ai ai...

Um comentário:

  1. hahaha! primeiro amor em iguaba grande, fã de bon jovi! amei perua!
    as dores na barriga, a imaginação hiperativa, pensando em como será a cor do laço dos bem casados da festa do casório e a atração por pão duros soporíferos nós temos! agora só 1000 vezes mais a cléo pires que a juliana paes a cléo pires é tampinha que nem eu! hahah!
    ps: é a liva!

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