segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O mestrado e a novela das oito.

Esse processo de seleção para o mestrado é muito interessante. No Vestibular a gente não tem noção de quantas pessoas estão inscritas para o mesmo curso e mesmo quando temos, elas não estão todas na mesma sala. A competição do pré vestibular é baseada nas notas dos simulados, mas até o Ensino Médio não existe isso de um aluno ficar escondendo estratégias do outro.
Agora na graduação também não era pra ter, mas tem. Nós, ainda tão pequenos, ficamos com medo de entregar nossas conclusões brilhantes aos outros. Ficamos escondendo as discussões que tivemos com nossos amigos que já estão na pós graduação, não contamos a que livros recorremos nem convidamos quem não consideramos tão bom quanto nós para os tais grupos de estudos que se multiplicam nessa época. Que ridículos somos. Que mesquinharia, que falta de bom senso! Como poderemos estudar o homem e a sociedade se somos assim? Deveríamos ser proíbidos de trabalhar com qualquer coisa. Não servimos pra nada. Somos tão inseguros que pedimos aos outros que finjam ter dúvidas para não admitirmos nossas fraquezas. Ah, como somos idiotas! É por isso que o Brasil está assim. Se os pretenços antropólogos e sociólogos são esse tipo de pessoa, a análise da nossa sociedade deve estar totalmente equivocada.
Eu queria que a minha prova de quinta feira, prova essa que decide uma parte importante da minha vida, fosse sobre a novela das oito. Nossa! Não ia ter pra ninguém. Eu gosto tanto dessa novela.. E não ia adiantar, eu poderia explicar minhas conslusões pra todo mundo que ninguém ia explicar a India da Glória Perez melhor do que eu. Agora Weber e Durkhein, infelizmente, muita gente deve entender melhor do que eu. E sinceramente, eu adoro saber mais de novela do que de pensamento social mundial. Isso faz de mim uma pessoa mais agradável.
Ando com tanta vontade de escrever cartas, tanta vontade de ficar falando da vida...
Aonde isso vai me levar, meu Deus?

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