domingo, 9 de agosto de 2009

Cardápio limitado.

Domingo de sol, restos da festa na geladeira, pai que não mora aqui. Sofá da sala sem ninguém, a tatuagem que não foi feita, o poema que travou, nós e eles. Lá embaixo não tem estrelas, Lobão tem razão.
Como não ser tímido quando não se está afim? Gritos e sussurros são para poucos. A entrega não vem na bandeja, demanda noites e mais noites de intolerância.
Poeira nas palavras, a prosa que não sai. Eu morro de medo de ser artificial e escolho as frases soltas que exigem menos de mim. As sentenças tradicionais me intimidam. E no menu de hoje, falta disponibilidade.
I don't go to the movie since june. It's a long long time. Odeio quem escreve em inglês, me dá preguiça de ler. Eu sou egoísta, os outros não me interessam. Você e todo o seu problema não me comovem. Só me toca o que é meu.
Amar em inglês deve ser mais simples. Cadê a sofisticação, Cecília? Onde está o diferencial? Agora todos são especiais e se destacam os que ajustam os seus ponteiros relacionais.
Calcinha azul, música ruim no rádio, São Paulo em setembro, açúcar e limão.
"I'm never there."

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