sábado, 22 de agosto de 2009

Poema para Tieta.

Meia noite aqui em casa
meio dia
somos eu, você e os outros
são seios que eu deixei no Largo do Machado
e que nunca tive coragem de ir buscar.
Eu tiro os pelos do meu corpo com a dor paupável da cera
A dor daqueles lados, daquelas chuvas, daquele verão
eu não consigo mensurar.
Mas é noite de festa
Eu trouxe você pra mim
Invadi o espaço do outro
Peço desculpas.
Se eu evitasse
seria um desperdício de afeição.
É longo o mar entre nós.
Eu não sei dançar devagar,
você sabe?
Tenho dificuldades com pontos e virgulas.
Quero um carro vermelho pra ir embora.
Você volta
Você vai.
Eu me mostro toda porque é de antes a verdade.
Você pertence ao que eu escolhi pra mim.
Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar
Vou tratar de dançar o samba em traje de maiô
Vem comigo?

2 comentários:

Conte-me tudo.