domingo, 23 de agosto de 2009

Bilhete para Tieta.

Querida Tieta,

Conta pra mim desses paraísos que te mostraram e dessas eternidades que te saturam. Me fala das tuas tardes e madrugadas nessas terras onde venta com decência. Aqui o vento não tem vergonha. Ele teima em fazer carinho no meu tornozelo e eu, meio por inocência, meio por destempero, fico toda arrepiada. Aqui Tieta, é muito quente. A gente quando vê já está sem roupa.
Foi num desses carinhos do vento que perdi meus seios. Foi numa dessas liberdades que me perdi. E agora te escrevo porque me joguei na vida. Precisei me segurar em você, Tieta, porque você é homem de verdade, que tem força pra dirigir carro vermelho ou caminhão. Eu fico rindo ao volante. Sou desconpençada demais pra me guiar sozinha.
Eu nunca fumei, acredita? Sou moralista no final. Não beijo quem não amo. Ah, Tieta, foi feitiço que me deixou assim. Me fiz Jane de um Tarnzan que era fraco e que não me disse Adeus.
Ah, Tieta...
Quem nos ouve?

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