domingo, 13 de setembro de 2009

O pouco que sobrou.

Quando eu entrei na faculdade não me identifiquei rapidamente com ninguém. Depois de algum tempo conheci melhor as pessoas e fui me sentindo avontade com elas. Passados seis anos o afastamento é natural. Alguns colegas eu encontro diariamente e só falo amenidades, outros demonstraram não ser confiáveis e uns poucos permanecem. Com esses últimos não é preciso conversar todo dia, nem encontrar frequentemente. Nossa sintonia é imune a distância e a inveja natural dos seres humanos.
Não existe isso de melhor amiga na vida adulta, mas nós, certamente podemos contar umas com as outras para gargalhadas, lágrimas e problemas sexuais. Coincidentemente temos sentido necessidade de escrever em blogs. Queremos publicar a nossa dor. Sabemos que somos muita coisa, mas nos angustia tudo o que ainda falta. Nos expomos porque temos consciência de que o que nos habita interessa aos outros, mesmo que os outros sejam apenas nós mesmas.
Não nos compreendemos integralmente, mas somos fiéis. Não dissimulamos a preguiça, a indecisão e os fracassos. Somos gente de verdade, que faz fofoca, se engana, come muito e sente medo. Devido a nossa grande disponibilidade para amar, tentamos acertar o ponto da comida, as cores da moda, o amor e a profissão.
O mundo há de nos descobrir.

2 comentários:

  1. E lendo todas essas coisas, eu choro.
    Penso em como foi acertada a escolha de todos os nossos adjetivos e do que sempre temos a os oferecer: fidelidade!
    Depois disso tudo o que sobra não é pouco: é amor, amor, amor ;)

    ResponderExcluir
  2. e eu tb choro!!!
    meu mundo com certeza é muito melhor por existirem pessoas que não me compreendem, mas são amigas e ponto.
    e amo muito.

    ResponderExcluir

Conte-me tudo.