segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Filmes.

Os dez filmes da minha vida:

1 - "Lost in translation" - "Encontros e desencontros" em português. É de Sophia Coppola a mais bela história sobre a coexistência do vazio de expectátivas e do desejo de se aventurar pelo mundo desordenado do amor. Mudou a minha vida muitas vezes. Tem diálogos meticulosamente bem cuidados, músicas excelentes e o final mais cheio de significados que já houve pra mim.

2 - "Forrest Gump" - De Robert Zemeckis, é um filme completo, tem romance, aventura, amizade e moral da história muito bem construídos. Quem mais me emociona é a personagem da Robin Wright Penn, a Jenny, que é o mais amável dos seres errantes. Tudo em "Forrest Gump" se tornou emblemático, a frase "run, Forrest, run", a interpretação comedida e sensível do Tom Hanks e o final, que diz muito sobre os EUA.

3 - "Perfume de mulher - De Martin Brest, esse filme é uma obra-prima. O Al Pacino não se contentou com "O poderoso chefão" e mostrou que é, de fato, um ator definitivo. A história prova que lembranças gloriosas não são suficientes para conter a mediocridade. Os diálogos em que o Coronel Slade quer se matar no hotel e a defesa de Charlie(Chris O'Donnel bonitinho), acusado injustamente por ter se mantido em silêncio a respeito de uma travessura de seus colegas ricos ecoam sempre na minha memória.

4 - "Adeus Lenin" - De Wolfgang Becker esse filme tem a sequencia que melhor representa, na minha opinião, a ilusão do Socialismo. As cenas em que Anna (Katrin Sab) sai do quarto e se depara com a estátua do Lenin sendo levada por um helicóptero são muito fortes. O Lenin ali, exposto, estendendo a mão para um país que não existe mais é contundente .

5 - "O primeiro ano do resto de nossas vidas" - De Joel Schumacher, é a história de amizade que mais me toca. Eu sempre choro no final e o meu quarto é rosa igual ao apartamento da Demi Moore.

6 - "Meu primeiro amor - Parte II" - De Howard Zieff, foi o filme que eu mais vi na vida, sem sombra de dúvida. A busca da menina Vada (Anna Chlumsky) pelo passado da mãe foi um dos pilares da minha formação. É o único filme que eu ainda assisto dublado e sei decor todas as falas. O diálogo em que o poeta preferido de Vada a aconselha a não ser escritora e sim técnica de televisão me marcou muito. "Don't Worry baby" no final é a cereja do bolo.

7 - "Escola atrapalhada" - De Antônio Rangel, foi filmado na escola que eu estudei. Tem a Angélica, o Supla, o Gugu e o Selton Melo, entre outros, bem novinhos. É um grande filme. Eu destaco o diálogo em que a Jandira Martins, dona Alma, a diretora do Colégio Matheus Rose, diz que o amor é simples, a gente que complica. E estala os dedos em seguida.

8 - "Maria Antonieta" - Sofia Coppola é o meu herói. E tudo nesse filme é perfeito, na minha opinião. As sequencias da festa em Versalles tocando New Order e o diálogo final em que o principe (Rip Torn) está com a Maria Antonieta (Kirsten Dunst de porcelana) na carruagem rumo a prisão são emocionantes. Ele pergunta se ela está contemplando seus limoeiros e ela responde: "I'm saying goodbye". Fico até arrepiada.

9 - "Amores expressos" - De Wong Kar Wai, o mago da sutileza, esse filme usa "California dreamming" do The Mammas and the papas para falar de amor. A sequencia da Faye Wong cantando Crambarries em japonês e o final feliz são os destaques.
Não existe nada nem parecido no mundo inteiro.

10 - "A noviça rebelde" - Assim como Forrest Gump, é um filme completo. O conflito da candidata a freira Maria (Julie Andrews cafona, mas encantadora) entre a segurança do celibato e a humanidade do mundo lá fora, é a história mais aconchegante de todas. Eu sempre morro de vontade de ser uma Von Trapp. De Robert Wise, é uma obra insuperável.


Os injustiçados que não couberam nos dez:

11 - "Closer", de Mike Nichols. É o filme que melhor define os desencontros amorosos dessa vida de meu Deus. Não tem mocinhos, nem vilões. E cada vez que eu vejo sinto pena de alguém diferente.

12 - "Kill Bill" - Tarantino entende as mulheres. E atrilha sonora é impecável.

13 - "Vicky, Cristina e Barcelona" - Woody Allen nunca vai envelhecer. Tá aí a prova. E a Penelope Cruz é um desacato.

14 - "A culpa é do Fidel" - De Julie Gravas, esse filme é um pé na bunda das certezas que o século XX prometeu e não cumpriu.

15 - "Fale com ela" - Almodovar sabe que amar é um verbo intransitivo e sabe principalmente que os homens também choram. Aqui o pé na bunda vai para os limitados. E o Caetano faz toda a diferença.

16 - "Um Lugar Chamado Notting Hill" - De Roger Mitchell. É o filme mais açucarado do mundo. Me toca profundamente isso de se apaixonar por alguém que está em todos os lugares. O diálogo final da livraria em que a Julia Roberts diz ao Hugh Grant: "I'm also just a girl standing in front of a boy asking him to love her" é tudo.

17 - "Nunca fui beijada" - De Raja Gosnell, com a Drew Barrimore é filme de menina que sofreu booling, cresceu e apareceu, como eu.

18 - "Edifício Master" - De Eduardo Coutinho. Em Copacabana se ouve a vida dos outros pelo basculhante.

19 - "Invasões Bárbaras" - De Dennys Arcand. Ah, as utopias perdidas...

20 - "Dotty e a Baleia" - É um desenho animado australiano que o meu pai sempre alugava pra mim quando eu era criança. A menina Dotty mobiliza seus amiguinhos para salvar a baleia Donga, encalhada numa praia próxima a sua casa. É lindo.

PS: Eu não entendo nada de clássicos cult. Não tem Goddard, Truffaut ou Felini nessa lista porque eu conheço pouquíssimo a obra deles. E a maioria dos nomes dos diretores acima citados veio do Google, não da minha memória.

4 comentários:

  1. eu conheço quase todos os filmes e achei a lista ótima!!! só achei que faltou "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças"... os diálogos, a atuação de Carrey e todas as ilusões e desilusões q temos com nossos amores pela vida estão lá.
    beijoo
    Babi.

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  2. Eu gosto muitíssimo do Brilho eterno, querida, mas tenho razões para não tê-lo colocado na minha lista. Ele pertence a listas as quais eu não quero ter interceções.

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  3. Faltou o Nemo.... Continue a nadar, continue a nadar, nadar, nadar...rsrsrs.

    Bjs,
    F.

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  4. Eu acrescentaria "O Diabo veste Prada". Meu eterno dilema: valorizar a carreira, mesmo passando por cima de tudo e de todos ou priorizar as amizades e a família?

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