domingo, 6 de setembro de 2009

A descompostura do homem moderno.

Tem algumas relações que nasceram pra ser platônicas. Nasceram pra não existir, pra criar expectativas divertidas e só. Eu gosto de cultivar esse tipo de intriga nos homens, de fazer eles se confundirem, se perguntarem se eu sou pra casar ou se comigo os romances têm que ser passageiros. Sempre tem alguém que sai magoado porque acaba acreditando nas palavras bonitas de um possível sábado de aleluias. No fundo eu faço isso pra tentar me sentir no controle do desejo dos outros já que o meu desejo eu nunca consigo conter.
Eu não nasci pra destruir lares. Não quero ser amante, tenho dificuldade em lidar com homens mais velhos e gosto de me sentir honesta, bem ao estilo Nelson Rodrigues. Pra mim casamento é coisa séria. Eu valorizo o vestido de noiva e os lençóis desarrumados. Não quero quem não é meu, por mais disponível que ele possa estar.
No fundo eu sou a tal mulherzinha que Clarice Lispector tanto fala. Estou cansada dessa fraqueza masculina pós-moderna. Homens que não fazem escolhas, que não querem trabalhar e que reclamam da gordura na comida.
São namorados e casados infelizes e covardes, que se acomodam nas traições cronometradas de quarta feira a noite, na hora do futebol porque têm medo de sair de uma redoma que não existe. São filhos que vão ser sempre sustentados pela família porque estão eternamente estudando pra um concurso público que paga 15 mil e não podem trabalhar enquanto isso. É uma preguiça de ir a luta que me faz sentir náuseas. Eu sou machista sim. Se não fosse não estaria sozinha porque só os hipocondriacos confusos me querem. Eu digo não. Está tudo invertido, Gugu na Record, Dado Dolabela ganhando "A Fazenda" e as mulheres pagando a conta do restaurante. Pra mim chega.

2 comentários:

  1. Mil vezes apoiada! Homens indecisos, sem iniciativa, filhinhos da mamãe e que não pagam contas quando saem acompanhados... Melhor não tê-los... Já dizia minha sábia vovó, "Antes só do que mal acompanhada"!

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