quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Não vale a pena.

Eu queria casar, sabe? Morro de vontade de provar o feijão com arroz da vida a dois. Não tenho outro assunto. A autopiedade passou dos limites, preciso reinventá-lá. Uma vez minha professora de Geografia do segundo ano disse que quando uma parte da floresta amazônica foi alagada para a construção da Usina hidrelétrica de Tucuruí, depois de um tempo as árvores apodreceram e a água ficou poluída. Tenho a sensação de que é exatamente isso que aconteceu com o meu coração. Não era a hora de eu ser rejeitada. Não tenho forças pra suportar essa solidão agora.
Não sei pra que serve isso, não vejo possibilidades, lado positivo, nada.
Todo dia eu sinto saudade, me sinto idiota, penso em ligar, em escrever, em morrer, esquecer e acabo indo dormir.
Esse calor que não compensa, o salário que acabou, o meu enjôo desse assunto, os problemas dos outros, a vida dos outros...
Minhas unhas são bonitas a toa, não me conformo. Não sei me resignar.

Um comentário:

  1. O lado "positivo" da sua unha bem feita sem propósito, é nos brindar com palavras tão bem escolhidas, anseios compartilhados e sua companhia

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