sábado, 24 de outubro de 2009

O demônio da fé.

Minhas tentativas de seduzir os homens que eu quero pouco têm sido completamente frustradas. Talvez o fato de eu os querer pouco signifique que eles não são mesmo pra mim, mas a carência é tanta que volta e meia eu vou lá dar uma cutucada pra ver se daquele mato ainda sai cachorro. Me certifico que não e vou embora com o rabo entre as pernas. Foi assim hoje a tarde. Não quero mais as amizades que não são inteiras. Ao contrário do que acontece com os amores, consigo me afastar com êxito dos maus amigos. Transformo essas pessoas em conhecidos por quem eu tenho carinho e é claro que isso dói, mas a vida já é dura demais pra gente ter que ficar aguentando quem não trata a gente da forma devida.
Hoje a tarde eu sobrevivi ao ciúme que sinto da vida que levava e que não me pertence mais, relevei a busca incessante da minha supervisora neurótica por algum erro absolutamente sem importância para o todo do trabalho e mandei uma mensagem pro rapaz que está longe de ser o homem da minha vida, mas que é garantia de bom papo e beijos quentes. Ele me despistou. Fui na padaria e comprei um bolinho natural pra aplacar a tristeza. Pro outro não tem volta, pra frente não existe. Fui ver a peça da Clarice Lispector. Boa, na medida. Vi um menino por quem eu era apaixonada na faculdade. Nos olhamos e não nos falamos.
Meu pote até aqui de mágoa já transbordou faz tempo.
mas no pastel com os amigos de depois
no irmão da amiga
e na amiga da irmã
a minha sexta feira foi de paixão.
Vou dormir.

2 comentários:

  1. pelo menos algo de bom saiu disso tudo... isso que é tão legal...
    esquece a carência, se encontra comigo que acabo com ela rapidinho!!! :D

    ResponderExcluir
  2. uma poesiazinha se desprendendo do texto no final.
    um beijo.

    ResponderExcluir

Conte-me tudo.