segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Distraídos venceremos.

" O que óbviamente não presta sempre me interessou."
Clarice Lispector se tornou o ídolo das mulheres que não tem nada a dizer. Confesso que gosto muito das frases, dos contos e dos livros dela, mas me irrito com algumas citações da autora jogadas ao vento no Orkut. No entanto a afirmação acima, postada por uma amiga antiga que tem muito pouco a dizer, serviu tão certinho para o meu momento de ode ao óssio que não pude evitar falar sobre ela.
Nesse momento da minha vida TUDO é mais interessante do que estudar. Eu durmo, ouço música, procuro um cachorro pra chamar de meu, me meto a escrever sobre os restaurantes que frequento e até mando e-mail para o colunista pseudo-bonzinho e quase chato que escreve sobre bares no Jornal do Brasil. Mas estudar que é bom nada.
A seleção para o programa de pós graduação que eu não quero pra mim, mas que é o único pláusivel nesse momento de vastas emoções, pensamentos imperfeitos e dias cansativos no trabalho, começa daqui a menos de um mês e isso não me diz nada. Quero tentar, mas não tenho forças. E não há justificativa. Não estou sofrendo, não tenho traumas, tenho tema e uma vontade enorme de fazer o mestrado. Arrisco dizer que a essa altura da vida esse é o meu objetivo maior. Tenho pressa sim, não vim ao mundo a passeio, mas estou com preguiça. E quer saber? Não me sinto culpada.

3 comentários:

  1. "A Farsa da Boa Preguiça" esse é o nome do seu momento.

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  2. é meu momento também... Al Pacino estava errado, Preguiça é o pecado favorito....

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