quarta-feira, 15 de junho de 2011

"eu queria que o mundo fosse outro"

Foi em 2001 que uma amiga da escola me emprestou o cd com a trilha sonora de "Anos rebeldes". Por meses foi a trilha sonora da minha vida. A minissérie, no entanto, não tinha assistido porque em 1992, quando foi exibida, eu só tinha 7 aninhos.
"Baby", do Caetano, na voz da  Gal Costa com aquele violino lindo de início, era a música que mais me emocionava no cd. É "Baby" uma das músicas que mais me emocionam no mundo. E hoje, na reprise do folhetim sobre a Ditadura, numa cena em que o engajado João Alfredo percebe que se continuar a só ver panfletos e manifestos à sua frente, perderá a doce e cautelosa Maria Lúcia, foi essa música que tocou.
E é exatamente isso o que a faz tão bonita: A vida é muito maior do que as lutas políticas. A Carolina, a margarina e a gasolina, aprender inglês e viver na melhor cidade da América do Sul são o motor da felicidade. O futuro do mundo é muito menos importante do que o nosso presente.
Hoje tomei café com um amigo. Pedi água, chocolate, sanduiche, olhei livros... Como fui feliz!
Levantar bandeiras é muito chato, eu se pudesse escolher, já falei, me ocuparia de nascer e morrer para todo o sempre, mas as vezes as canções iluminadas de sol tocam o coração e, voilà, a gente entra na briga.

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