quinta-feira, 30 de julho de 2009

A princesa devassa e a festa lá em casa

Eu ia chamar a policia, mas não foi preciso. Resolvi dar uma festa aqui em casa. Vou ficar sozinha por 17 dias, já que o destino do amor não tem sido feliz, comemoremos.
A minha casa não é grande e a sala tem a parede rosa. Pensei em comprar uns pedaços grandes de chita pra forrar o sofá a mesa. Precisarei de cachaça, açúcar, limão, doritos, uvas sem caroço, leite condençado, chocolate, batata frita daquelas tipo CRACK (me lembram as festinhas da escola), pastinhas, Coca Zero, copinhos e pratinhos descartáveis e música boa, tipo shiny happy people na festa do "Tropa de elite", mas é lógico que a minha casa é bem menor do que aquela e que aqui não vai ter tanta gente.
Aí eu faço escova no cabelo, mantenho o esmalte Obcessão da Risque, coloco um vestido preto e um batom vermelho escuro bem forte porque ontem no GNT Fashion eu vi que é a tendência do inverno.
Dentre as possíveis atividades interessantes, além do Imagem e ação e dos jogos da verdade de sempre, haverá a Playboy da Priscila do Big Brother. Sério, parece que vai ser uma edição histórica. Eu que nunca comprei revista de mulher pelada estou aguardando anciosa por essa. Só nas fotos de divulgação já aparece ela de quatro pegando dinheiro com a boca. Sensacional. Adoro a Pricila! Porque assim, se é pra tirar foto pelada não dá pra fazer cara de boa moça, né? Essa coisa de sugerir a sensualidade, de nú artístico...isso é coisa de mulher chata. A Priscila é tão bem resolvida que não tem dessas frescuras, fez um ensaio arrazador mesmo. Convenhamos, a vulgaridade tem a sua importância. Romântismo é ótimo, palavras bonitas também, mas homens e mulheres de verdade quando virem a Princesa Devassa dizendo que gosta mesmo é de sexo anal, vão achar o máximo!
Reprimir a libido dá câncer. Muita gente deve morrer de tesão reprimido. Naquele filme "Notas sobre um escândalo" tem um diálogo que a Judi Dench diz pra Cate Blanchett que ela não sabe o que é estar tão sozinha e carente que até um esbarrão do trocador de ônibus te deixa excitada. É disso que eu estou falando.
E aposto que a maior parte desses infelizes que estragam os nossos dias são pessoas mal resolvidas sexualmente. Não precisa transar todo dia não, com o tempo a frequencia sexual diminui, eu sei, mas precisa se permitir, ser livre, sem vergonha, igual a Priscila!
Terminada a ode a felicidade é preciso dizer que nesses dias de chuva, em que o Sarney é o assunto que faz menos sentido e a lista de bons filmes em cartaz só aumenta, companhia é a palavra que se destaca ao mesmo tempo em que se ausenta.
Companhia para ir a São Paulo,para comer quebabs, para ir ao show do Marcelo D2, para dormir, lanchar, discutir Bourdieu, ir a praia e fazer nada.
É por isso que eu vejo tanta televisão. Eu sou audiência para solidão.

2 comentários:

  1. Festa na sua casa...a coca zero é por minha conta, um doce, e uma das melhores companhias também. E apesar de ter menos pessoas do que a festa do Tropa de elite, temos uma parede rosa, que é charmossíssima e a dona da casa também!

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  2. Ih, quero ir nessa festinha também!! Levo cookies, rs!! Também tô nessa de ser audiência para solidão!!!
    Beijos, flor!

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