segunda-feira, 20 de julho de 2009

Carla Bruni não tem insônia.

Eu tenho andado com uma certa dificuldade para dormir ultimamente. Eu demoro muito para desacelerar e ainda acordo com uma sensação de cansaço péssima, como se tivesse passado um caminhão por mim durante a noite.
Pois bem, hoje, ou ontem, dependendo do ponto de vista, eu apaguei as luzes, tomei uma passiflora e fiquei lá esperando o sono chegar. Pensei em amanhã, em setembro, dezembro, no ano que vem, em casacos de veludo verde garrafa, na vida secreta das baleias e tudo mais o que for possível. Dormi. Calculo que fosse mais ou menos uma e meia quando eu percebi que precisava relaxar os ombros, que estavam tensionados por causa do frio, se quisesse obter sucesso na minha missão de uma noite de descanço. Pois quando eu estava lá sonhando com os anjos um mosquito zumbiu no meu ouvido e pronto, acabou-se. Eu fui despertando aos poucos da tranquilidade doce do sono e escutando a chuva lá fora, que propiciava uma possibilidade de sono perfeito. A melhor coisa do mundo é dormir com chuva. E dormir é a única coisa boa que se pode fazer com chuva (ok, tem comer e transar também, mas não estão no contexto).
Quando eu me dei conta de que era irreversível o zumbido do mosquito, levantei. Fiquei esperando o desgraçado aparecer pra eu matar ele. Voltei a deitar, a chuva oscilava, um barulho gostoso, confortável, um silêncio, frio, tudo certo e nada de eu me concentrar novamente.
Aqui estou eu, as quatro e poucas escrevendo sobre a insonia que me acomete.
Será que a Carla Bruni tem insônia? Ela é tão bonita e tem tanta classe, já deu pra tantos caras legais, Mick Jagger, David Bowie, Eric Clapton, tem a voz perfeita, se tornou simbolo de elegância e salvou a imagem pública do Sarkosi, que de reaça se tornou o presidente apaixonado. Ela tem quarenta anos e permanece magra.
Quer dizer, se eu fosse ela dormiria bem todos os dias, sem esses tormentos de mestrado, vida amorosa falida, cartão de crédito estourado, futuro... Quanta coisa clichê!
Ai ai...

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