quarta-feira, 15 de julho de 2009

Quente, frio e a gelatina sem gosto.

"Existe gente de verão e gente de inverno". Li essa frase hoje num texto IN-SU-POR-TÁ-VEL de um autor que eu prefiro não citar o nome para evitar criticas porque ele é de uma enorme importância no mundo da Sociologia. Esse aforismo, no entanto, me disse muito. É verdade. Existe gente de inverno e de verão. E eu não sei se existe gente de outono e primavera, mas existem pessoas de mormaço, sabe? Aquelas pessoas meio caipirinha com adoçante, que as vezes ficam doces e as vezes sem gosto. Essas pessoas são um saco.
As pessoas de inverno são as mais instigantes. Demoram muito para se entregar, não são fáceis. São mais silenciosas e menos sorridentes, amam com cuidado e não fecham os olhos para dançar.
As pessoas de verão, por sua vez, vieram ao mundo de pernas abertas. Esbanjam sorrisos (mesmo que falsos) até para as araras do Zoológico, parecem constantemente disponpiveis, contam tudo sem medo, volta e meia deixam aparecer a barriga e quando sofrem vão a praia.
Rio e São Paulo são exemplos de cidades-estação, uma de verão e a outra de inverno, mas deve-se dizer que existem pessoas de inverno no Rio e pessoas de verão em São Paulo. Eu sou uma pessoa de verão e A-DO-RO São Paulo.
As pessoas de mormaço me irritam. Elas detestam São Paulo. Não falam mal dos outros, não ouvem música, vêem poucos filmes e enchem a boca pra falar mal de funk eróticos e bem do Zorra total. É comum que essas pessoas não vão a muitos shows e peças, mas quando decidem ir, escolhem Ivete Sangalo e Elisa Lucinda. Pessoas de mormaço são óbvias e pouco explosivas. Quando querem fazer comentários inteligentes falam mal do capitalismo ou da Globo. Não se masturbam e jamais admitem que gostam de uns tapinhas na cama.
Essas pessoas costumam dar presnetes muito ruins, tipo brinquinhos dourados com pedrinhas sintéticas péssimas. Na Tijuca são muito comuns. O pior é que tem uma meia dúzias de pessoas aparentemente de verão, mas que são mesmo é de Inverno, que se apaixonam pelos seres de mormaço e se tornam idiotas públicos por conta deles.
Morro de pena. Eles teimam em acreditar que a pessoa amada é sim muuito inteligente e que seus raciocinios são sofisticados. Essas pessoas que disfarçam o seu tipo, quando sofrem, não admitem. Aliás, não admitem invejas e incômodos. Ficam lá amando o ser de mormaço na sua mediocridade perdoada.
Deve ser o fim.

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