terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O conflito de Maria.

Descobri resquicios machistas em mim há pouco tempo. Gosto de homens que me levam em casa, que pagam a conta e que demonstram segurança. A postura sexual ativa e a responsabilidade pela conta do motel são, no entanto, os únicos quesitos obrigatórios para a demarcação dos lugares masculino e feminino nas minhas relações.
Só que mesmo assim, faço questão também que minhas opiniões fortes sejam respeitadas. Ouvi, no último final de semana, criticas em relação as minhas recorrentes discordâncias e caras feias diante do que fala meu namorado. Fiquei acabada. Me lembrei de todas as vezes que fui intransigente na vida, de todos os momentos que banquei discussões desnecessárias e pensamentos equivocados. Pensei no quanto o meu autoritarismo é ingênuo e cafona, quase como o de uma ex-orientadora dos tempos de graduação. Não quero ser como ela.
Mas depois me perguntei se a reclamação não tinha ocorrido em razão da falta de costume do meu respectivo com mulheres dispostas a se expor. Ainda não cheguei a uma conclusão, mas não descarto ambas as possibilidades. A gente que é de Ciências Humanas, dá aula, fez análise em algum momento da vida e leu Marx, sempre oferece hipóteses muito elaboradas para os problemas da vida e o nosso problema, que é a remuneração inexpressiva, não sabemos solucionar.
Deêm 20 mil reais na mão do Eike Batista e ele fará virar um milhão. Se dão pra nós, torramos tudo em noites com amigos, filmes, livros, música e viagens econômicas. Empreendedorismo zero, devaneios mil.
Mas meu namorado é engenheiro e oferece respostas rápidas, prontas, exatas para as minhas constantes dúvidas. Não sei quem é o inteligente dessa história, eu ou ele.
Voltando ao machismo, quero fazer um breve comentário sobre o Big Brother: Maria, a doce atriz pornô mineira, fez a besteira sem tamanho de pegar o carioca mala Maurício. Quando ele foi eliminado, surgiu um médico bonitinho dando mole instantâneo pra ela. Maria, preocupada com sua reputação no mundo real, não beijou o rapaz, apesar da tentação ter sido visivelmente forte. O povo brasileiro, que assim como os homens da minha vida, quer dividir a conta e deixar a mulher ir embora sozinha, não gosta de ver o sexo frágil com muitas vontades. Além de terem condenado a transexsual Ariadna, por ter escolhido ser mulher, permitiram que o mala de Copacabana voltasse ao programa e cobrasse fidelidade da bela Maria.
São hipócritas os brasileiros. São burros os brasileiros. Não são cavalheiros os brasileiros. Se eu fosse Maria (e todas somos um pouco), dava uns bons gritos com os homens da casa, pegava o médico e foda-se.
Estou farta desse machismo pós-moderno. O pênis de vocês é muito bom, mas não salva a relação. Try a litle harder.

3 comentários:

  1. devaneios mil, sem dúvida

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  2. No meu caso, eu sou a exata e meu marido é o Filósofo..e te digo: não existem errados. O complemento é tudo.
    Agora vamos a futilidade:
    Maria infelizmente está fazendo a linha boa moça e agora tá pagando o preço.
    Se já tivesse mostrado a verdade desde o início (de que ficou sim, daria sim, é puta sim) tudo seria mais fácil, sincero e melhor conduzido. Qd maurício voltou ele deu chance a ela de contar o que tinha ocorrido e ela não fez. Perdeu.
    Se gosta mesmo dele poderia ter sido franca.

    Ele, um idiota, tá achando que o Brasil colocou ele lá para ele se vingar..pffff
    Bocó.
    O que o Brasil fez foi jogar ele lá para ver como o corno iria se comportar...para ver ele pagar de corno para toda uma nação. E ele, claro, se comportou da maneira mais machista e imbecil possível.
    Na boa..
    Dois idiotas.

    Adoro BBB mas esse tá uma merda.
    Só gente chata.
    Fizeram um esforço tão grande querendo colocar gente diferente e descolada que só colocaram merda. Sinto falta de gente normal.

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