terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Egito.

Foi uma revistinha da Bárbie que me fez querer ser historiadora. Era uma história em que a Bárbie era paleontóloga e ia participar de uma importante escavação no Egito. Lá ela encontrava um escaravelho e descobria um grande tesouro.
Não me lembro em que ano li essa historinha, mas sei que em 1996, já na quinta série, estudei a Mesopotâmia e o Egito e me apaixonei. Hoje em dia sei pouco sobre essas duas civilizações, na faculdade quase não as estudamos. Uma vez fui a uma exposição e comprei um cordão que vinha com um escaravelho, igual ao da Bárbie. Tenho ele até hoje.
Assisti triste a Guerra do Iraque destruir os palácios dourados da Mesopotâmia. Assisto hoje, sem resignação, ao Egito resistindo a uma ditadura a qual eu não sabia da existência, tamanha a imponência do muro que cerca as redomas ocidentais, tão alto quanto o meu comodismo.
Lendo agora sobre o levante popular, senti o coração palpitar com a palavra Alexandria. Me lembrei das cheias do rio Nilo e da Esfinge. Dizem que o Egito é quente e que as Pirâmides tem um cheiro de mofo inconfundível. Li que um grupo de jovens está em volta do Museu do Cairo tentando proteger os objetos históricos que são importantes pra eles e pra nós.
O primeiro ministro inglês não quis se meter. Disse que é importante que nem ele, nem o Obama palpitem sobre quem deve ou não ser presidente do Egito. Já de Israel veio a opinião de que ao manter a ditadura o tal governante que está no poder há 30 anos (ele tem 82) abre espaço para o fundamentalismo islâmico que pode gerar um novo Irã.
Israel é um dos países que, ao meu ver, mais desperdiça oportunidades de ser revolucionário e grandioso.
Vou dar aula para a quinta série esse ano (agora é o sexto ano do Ensino Fundamental) e terei que falar do Egito para os alunos. Sinto que é uma missão a ser cumprida. Tudo de mim começou lá. É pra lá que tudo vai agora.

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