segunda-feira, 30 de abril de 2012

Casamento da amiga.

Ah, os casamentos, essas putas...
No domingo passado fui ao casamento de uma grande amiga dos tempos de escola. Choveu muito no dia e a festa era num sitio em Ilha de Guaratiba. Alugamos uma van, eu e os demais amigos daquela época (que nos vemos até hoje unica e exclusivamente por consideração ao passado) e fomos. Meu namorado não quis ir. Ficou em casa quietinho. Doeu deixar ele lá e pensar que um potencial lindo dia de amor em baixo do edredom ficava para tráz.
Fui madrinha dessa amiga e as exigências não eram poucas, cor de vestido diferente das demais mulheres presentes no altar, longo e sem brilho. Fiz o meu melhor e fui adequadamente arrumada.
Quando chegamos, por termos saído da Tijuca na hora do almoço, estávamos todos com fome, mas a chuva fez com que tudo atrasasse. Esperei impaciente em cima de um implacável salto alto. Já no altar, vi o irmão da noiva, paquerinha antiga, com a esposa, do outro lado do ambiente que representava uma igreja. Vi ainda a mãe dela, tia Karla, linda, sempre magrinha e discreta, e a prima dela, que as vezes saia com a gente. E quando ela entrou, com o pai surfista que costumava nos levar a praia, me lembrei de quando ela me deu cola na prova de Quimica em 2001, em nós duas indo juntas para o cursinho pré-vestibular paralelo ao terceiro ano em 2002, e na aprovação dela em segundo lugar geral para a UFF. Me recordei ainda das vezes que ela dormiu na minha casa e nós ficamos conversando sobre aquele namoro e dos anos que ela ficou reclusa estudando pra passar em algum concurso, sem sequer ir a praia, seu lazer favorito. Pensei em quando ela foi aprovada para o emprego que sempre sonhou e por essa razão, teve que se mudar para Rondônia. Pensei em quando nós, ainda novinhas, passavamos as noites de sexta-feira no shoping Tijuca. E me dei conta de que quem estava ali era uma grande amiga, num momento mágico, de particular importância para a vida dela. E pensei que a chuva veio para que todos nós entendessemos que nenhum plano é maior do que o amor. Qual não foi a minha surpresa ao perceber que o padre escolhido por ela era o mesmo que celebrava as nossas missas do colégio. Muito emocionante. Chorei a beça.

Um comentário:

Conte-me tudo.