domingo, 12 de fevereiro de 2012

Gordinha.

Essa semana tomei coragem e me pesei. Tomei um susto e comecei a controlar minha alimentação. É impublicável e doloroso o número que aparece na balança. Sou bonita, desejada, bem vestida e tenho bom gosto, mas estou bolotão, é fato.
Conversando sobre dieta com um amigo, ele me disse que também pisou na balança há pouco tempo e confessou seu peso. Exatamente o mesmo que o meu. Fiquei em silêncio, com vergonha de dizer: "Igual!" e só sorri e o abracei. Momento de coragem pra ele e de vergonha pra mim.
Minha relação com o peso nunca foi tranquila. Desde novinha minha mãe me repreende por comer demais. De biquini nunca fiquei avontade, mas não deixo de ir a praia. Fico avontade nua, mas de roupa... A barriga incomoda, a perna é grossa demais e o rosto constantemente sai monstruoso em fotografias.
Tenho sentido algumas dores atrás do joelho, não sei se é alguma coisa séria. Há tempos não vou ao médico. Sonho em ser magra, mas acho que seria consideravelmente mais feliz se me aceitasse assim. No entanto, sei que o padrão do mundo a que pertenço é outro. Meu namorado me acha linda, inteira, sem tirar nada. Queria pensar como ele.

Um comentário:

  1. Nega, eu vejo aí (pelo menos) duas coisas diferentes, que são a dor no joelho e a dor no joelho da alma (porque alma também tem articulações, e corre o risco de sofrer artrite, artrose e reumatismo).

    No quesito gordinha, já nos ensinaram o balé, a Twiggy, os moldes de roupa e a Kate Moss que nunca se é magra o suficiente. Ou seja: é batalha perdida antes de começar. Sobre o seu rosto supostamente monstruoso, eu, que não tenho (muitos) problemas com balança, também acho o meu uma bolotinha. Em suma: é loucura nossa. E a perna grossa não some de jeito nenhum, magra ou não. A minha me acompanha sem hesitações, quer eu pese 46 quilos, quer 52 ou 55.

    Isso pra dor no joelho da alma, que precisa de outros remédios que não os do joelho físico.

    Agora, no quesito anatomia, né? Vale a pena dar uma olhada. E reeducação alimentar é sempre válido! A gente aprende a não comer mais na rua e inventar pratos legais :D

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