quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Eu tenho um namorado que ouve Rolling Stones.

Eu e meu amor estávamos andando pela rua Augusta procurando a esquina com a Avanhandava, que fica lá no iniciozinho, quase na Praça da República, quando encontramos uma loja de discos dessas que tem um dono grisalho e cabeludo super fofo com aquele sotaque paulista urbano, bem moderno.
Meu namorado colecionador de vinis se embrenhou lá por dentro e voltou dez minutos depois com o "Their satanic magestic request", que é o meu disco favorito dos Rolling Stones. 45 reais e um banquete italiano depois, fomos pra casa, sentamos no sofá e ouvimos a obra prima de 67 juntos.
Era uma segunda feira. Nunca vou esquecer. Tenho o Their satanic majestic request em cd desde os dez anos, mas o descobri com dezesseis. Ouvia sem parar e de vez em quando ainda ouço, mas como meu tocador de cd está com defeito, fazia séculos que não me deliciava com o que considero o momento mais festivo dos Stones.
Olhei a capa do album com atenção e percebi detalhes que no cd ficam apagados. Entendi que as primeiras músicas se repetem ao final de cada lado, mas que eu nunca notei porque no cd elas se repetem no final apenas. Não tem dois lados. E me dei conta de que aquelas músicas formam um disco e que aquele objeto deveria ter sido pra sempre um disco porque como cd ele não é tão bonito quanto deveria.
Depois ouvimos o "Sargent Peppers". Foi lindo, estou apaixonada.

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