terça-feira, 7 de setembro de 2010

Passione.

Não costumo assistir primeiros capítulos de novela. Vou aprendendo os nomes dos personagens pelas revistas, perguntando aos outros e ouvindo trechos. Quando começo a me sentir familiarizada com a trama, aí sim, me torno expectadora assídua.
Ontem, segunda-feira atípica, véspera de feríado, assisti Passione só por assistir, antes de fazer outra coisa melhor, esperando alguém voltar. Valeu a pena. Os diálogos, as sequencias, cada pedacinho da história estava reluzindo.
Mariana Ximenes é bonita demais, tem elegância e olhar triste, combinação perfeita para a personagem muito bem construída que lhe coube defender. Não consigo saber se tenho raiva da Clara. Torço por ela as vezes.
Carolina Dieckmann também é linda. Beleza de azulejo, que só se percebe staring at her. Seu papel flui bem. Ela não é frágil, não é boba. Sua bondade não desrespeita a inteligência de quem a assiste, como é de costume acontecer com as mocinhas. A conversa da Diana, vivida por ela, com a magnânima Beth Gouveia, foi emocionante. Fernanda Montenegro dispensa adjetivos. Suas roupas sóbrias, seu tom de voz pouco oscilante e as marcas da sua idade a fazem ainda maior do que já é, e eu não sei se isso é possível.
Daisy Lucidi, a avó filha da puta da Clara e da Kelly, é outra pérola. Como pode ela ser tão real, meu Deus? Até eu as vezes me engano. Me pergunto se ela é ruim mesmo. Prostituir a neta adolescente é maldade, claro que é. Mas qual é a moral daquela senhora? Qual é a minha? A situação me intriga.
E o Marcelo Antony? Conseguiram a proeza de deixar ele feio, disgusting.
É um homem gentil? É doente? Certamente é apaixonado. Não torcemos por ele, mas o odiamos? Claro que em comparação ao Rodrigo Lombardi, charmosérrimo, encantador e com cheiro de homem, não hesitamos. Mas é fato que a rejeição a ele não é completa.
Só Bruno Gagliasso destoa e faz Leandra Leal e Gabriela Duarte serem desperdiçadas. A sorte é existir Irene Ravache salvando a pátria com seus drapeados bregas a la Barra da Tijuca, no mesmo núcleo.
Larissa Maciel e Vera Holtz tão glamurosas em outros papéis, ficam quase irreconhecíveis despidas de sofisticação. Sem tinta no cabelo ou salto alto, as duas são paulistas daquelas que a gente vê no Bom Retiro com carrinhos de supermercado a tiracolo. Nada demais even if you stare.
E são tantos outros personagens bons, a novela é tão rica e tão boa, que ocupou todo o espaço que eu me permito escrever. Não sobrou tempo pra falar da preguiça, das reflexões sobre a educação brasileira e nem sobre os lençóis e beijos dos últimos dias.

Um comentário:

  1. Eu começo a ver a novela um dia por preguiça de mudar de canal e, daqui a pouco, tou eu lá viciada.

    Mas sotaque italiano em novela me dá nos cornos. Não dá, não dá.

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