quinta-feira, 9 de setembro de 2010

De quem não sabe mudar.

Tenho tido conflitos internos por conta dessa nova condição de professora. Todo mundo sabe que aluno faz bagunça e que o magistério paga pouco. Todo mundo também sabe o quanto é gostoso fazer diferença na vida de qualquer pessoa e como são engraçados os adolescentes. Dor e delicia caminham juntos aí e isso não me surpreende profundamente. O que me angustia é não estar no mestrado.
Me sinto estagnada e medíocre. Parece que não ocupo um espaço que é meu por direito. Não sei se eu quero isso de verdade ou se são os outros que querem por mim, mas é fato que a pós graduação nunca rimou tanto com obcessão in all my life.
Hoje a tarde, contando a situação pra uma amiga, ela me perguntou se eu estou feliz. Percebi que há muito tempo não me sinto tão livre e tão potente. É urgente ocupar os espaços todos, mas ninguém ainda desatou as tais sangrias tão famosas.
Não sei se vou vencer distraída, mas é assim que eu sou agora.

Um comentário:

  1. Dia desses, cogitei seriamente fazer pedagogia. Minha mãe, professora aposentada, diz que eu sou maluca. E olha que ela é a pessoa mais paciente que eu conheço. Medo.

    Ano passado, antes de me mudar pro Rio, eu comecei uma pós. Era o inferno na terra. Chato. Com um assunto que eu não gostava. Fui fazer pra aplacar essa coisa de "não tou fazendo nada" (e porque era barato e em uma Federal). Agora, só faço se eu curtir muito o tema.

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