sábado, 9 de outubro de 2010

Propaganda.

Sou uma entusiasta do governo Lula.
Votei nele da primeira e da segunda vez sem nenhum tipo de dúvida.
Na época do mensalão não desacreditei do sucesso da empreitada chamada PT. Lamentei, lógico, mas minha fé no projeto de estado que estava sendo implantado não diminuiu.
Acredito no sucesso do Pro-Uni e acho que paralelamente as bolsas em faculdades particulares, é possível enxergar sim um investimento maciço nas universidades públicas.
Vimos empregos de todos os tipos serem criados nesses últimos 8 anos. A diplomacia se tornou um pouco menos elitizada, o Instituto Brasileiro de Museus foi construído e o Ministério da Cultura cresceu. Com olhos retos e apaixonados, assisti aos discursos de um presidente realmente brasileiro, equivocado as vezes, mas que se manteve fiel ao projeto de diminuir a desigualdade social que por aqui sempre pareceu vitalicia.
Somos um país que vota há tão pouco tempo, não podemos desacreditar da luta com facilidade. Estamos no caminho, os fatos estão aí. O ensino superior qualificado está se espalhando para o interior, as áreas rurais têm tido atenção real e os latifundiários não são mais o foco, hoje em dia o pequeno produtor faz a diferença. Até vendo o Globo Rural se pode constatar isso (e a insônia).
Gosto da trajetória da Dilma, guerrilheira, foi do PDT, mulher inegavelmente forte, sobrevivente as calunias cristãs e a direita filha da puta que insiste em se manter no poder.
Não me interessa se ela nunca governou um estado, se faz ou não concessões em relação a suas opiniões sobre o aborto e o casamento gay ou se era ou não conivente com a corrupção. Tenho que escolher entre ela e o José Serra e não tenho dúvidas, é ela quem me representa. O PSDB esconde o lixo embaixo do tapete, mas é tanta sujeira que é preciso recorrer ao moralismo pra segurar as rédeas da vergonha. É preciso demitir jornalistas, ressucitar o anticomunismo e até forjar uma fantasia de novidade, quando sabemos que ali é o reduto de quem esteve no poder desde o tempo das sesmarias e que, com sacrificio, está começando a perder a força.
Desisti de esperar o principe encantado e o candidato ideal. Não vou me eximir nessa eleição. Quero o PT no poder, com todos os defeitos que eles têm.
Fingir que não há diferenças substanciais entre os dois candidatos é largar de mão o Brasil e no alto dos meus 25 anos, me sinto muito jovem pra isso.

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