Eu queria ter sido uma criança que se fantasiava de melindrosa no Carnaval. Queria ter ido aos bailes infantis do Clube Palmeiras de Iguaba Grande com as minhas amiguinhas, que passavam a tarde se arrumando para a festa. Mas quem tem avó evangélica e mãe antisocial não pula Carnaval.
Carnaval pra mim tem quase o mesmo gosto do Natal e do Ano-Novo. É sabor de desencanto, de utopia e quarta-feira de cinzas. Hoje, quando saí do cinema e vi a Cinelândia cheia, me dei conta do pré-desfile do Bola Preta. Pensei na disponibilidade para a diversão daquelas pessoas de chinelo e camiseta que como eu, trabalharam o dia inteiro, mas ainda estão animadas as dez da noite.
Na esquina da minha rua tinha um bloco passando. Passistas, baianas, bateria e gente feliz. Fiquei vendo aquilo tudo sozinha. Queria participar. Queria saias de tule e porpurina. É bonito demais o Carnaval. Atrás dele só não vai quem já morreu.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
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eu comecei a curtir o carnaval beeem tarde... toda hora é hora :)
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