sábado, 6 de fevereiro de 2010

Carnaval.

Eu queria ter sido uma criança que se fantasiava de melindrosa no Carnaval. Queria ter ido aos bailes infantis do Clube Palmeiras de Iguaba Grande com as minhas amiguinhas, que passavam a tarde se arrumando para a festa. Mas quem tem avó evangélica e mãe antisocial não pula Carnaval.
Carnaval pra mim tem quase o mesmo gosto do Natal e do Ano-Novo. É sabor de desencanto, de utopia e quarta-feira de cinzas. Hoje, quando saí do cinema e vi a Cinelândia cheia, me dei conta do pré-desfile do Bola Preta. Pensei na disponibilidade para a diversão daquelas pessoas de chinelo e camiseta que como eu, trabalharam o dia inteiro, mas ainda estão animadas as dez da noite.
Na esquina da minha rua tinha um bloco passando. Passistas, baianas, bateria e gente feliz. Fiquei vendo aquilo tudo sozinha. Queria participar. Queria saias de tule e porpurina. É bonito demais o Carnaval. Atrás dele só não vai quem já morreu.

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