quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A empada.

Não há, na minha opinião, nada mais gostoso e deselegante do que uma boa empada quentinha. Adoro sentir o gosto da massa durinha de quebrando na boca. Desde criança, ficava atrás da minha avó quando ela fazia empadinha de queijo. Nas festinhas, disputava a tapa um desses salgados formosos que nessas ocasiões normalmente vêm na forminha de papel rosa.
Me lembro de quando a Casa da Empada ainda não era famosa e a fábrica deles ficava na Muda, aqui pertinho da minha casa. Lembro também de quando abriu o primeiro quiosque da marca no metrô e eu, gulosa, fui comendo durante a viagem. Passei vergonha. Empada não se come em movimento, requer concentração.
Hoje, quando saí do trabalho estava com muita fome, mas não queria almoçar porque não gosto de comer sozinha. Olhei o balcão do Palheta e quase comprei um pão de queijo, mas as velhinhas mal educadas não permitiram. Desisti e segui meu caminho. Me deparei com uma loja de empada. Pedi uma de palmito e uma de carne seca. Que delicia! Não dispenso nem os farelinhos que caem no prato. As empadas são simples e gostosas, como tudo na vida deveria ser.
Que vontade de comer mais uma...

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