quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Os muitos espelhos de Narciso.

Perto da minha casa tem uma padaria muito bonita. Quando eu digo onde moro, muita gente se lembra que é a rua dessa padaria. Na rua aqui perto tem uma farmácia Onofre. Eu tenho o cartão Onofre, que a minha avó fez. Compro lá com desconto o meu desodorante Dove que não mancha roupas escuras. Ainda nas redondezas tem uma loja Marisa, que é onde eu compro a maioria das minhas calcinhas e sutians. No Centro do Rio tem 4 livrarias da Travessa, todas charmosas e requintadas, umas graças. Sou apaixonada por sorvetes de iogurte. Dentre as muitas marcas que têm surgido diariamente, na minha humilde opinião nenhuma tinha superado o Yogoberry, até esse final de semana.
Fui pela terceira vez a São Paulo na última sexta feira. Não preciso explicar a grandiosidade paulistana, mas quero dizer como me senti diante das diferenças em relação ao nosso doce Rio de Janeiro machucado.
A padaria que tinha a duas ruas do meu hotel não era desse mundo. Tinha telões, biscoitinhos, sorvetes artesanais, artigos importados, pão doce, suco de milho, coxinha, sanduiches e muita gente o tempo inteiro. É uma padaria 24 horas. Como pode?
A Onofre da Avenida Paulista é megastore, tem 3 andares e vende até Lancome. A Livraria Cultura do Conjunto Nacional é maior do que as 4 Travessas do Centro juntas e eu juro que vi uma prateleira que dizia Biógrafos russos. Andando na rua Augusta na segunda feira de manhã me deparei com uma loja Marisa Lingerrie. Sim, era uma Marisa enorme que só vendia calcinha. Alguém acredita?
E o mais impressionante: Encontrei uma iogurteria que supera o yogoberry. É tão leve quanto e oferece os sabores lichia com chá branco e açaí, entre outros.
Em São Paulo qualquer corrida de taxi sai por 30 reais. Lá tem gente alternativa e orientais em todos os lugares.
Gosto de lá e me sinto bem diante de tantas possibilidades de entretenimento, estudo, cultura, gastronomia, música e pessoas.
No entanto no Rio, como diria Otto, meu grande ídolo, existe uma aura de final de semana, de leveza, de ventinho, cerveja e amor que não tem na Avenida Paulista.
Não é da praia que estou falando. Moro na Tijuca, aqui não tem calçadão, só Maracanã, mas ainda assim existe leveza. E mesmo com helicópteros e caveirões os sabiás ainda cantam nas palmeiras da minha terra.
Não sou monogâmica com lugares. Amo todos.
Um dia falo de Ouro Preto...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Conte-me tudo.