segunda-feira, 1 de novembro de 2010

As idéias dos outros.

Tenho inveja de quem já deu certo na vida. Não é o meu caso. Eu tenho as respostas das perguntas, resolvi as equações que não sabia e declarei todas as verdades. Só o que eu não sei por inteiro é como ganhar dinheiro. É a "Loteria da Babilônia" do Raul Seixas que eu gostava desde a adolescência, como se fosse um presságio.
Me sinto como a Scarlet Johanson em Vicky, Cristina e Barcelona, só o que faço bem é observar. Observo os grandes acontecimentos do mundo, os filmes e as novelas. Ultimamente tenho dado atenção especial as novelas. Gostaria de ser paga para fazer criticas de novelas.
Tenho esbarrado com frequencia nas impossibilidades que a falta de dinheiro proporciona. Certa vez uma grande amiga me contou sobre um diálogo que ela leu num livro, em que um personagem dizia assim sobre o outro: "E aí ele quer ganhar algum dinheiro, mas eu o trago de volta a realidade". As vezes tenho orgulho do que me tornei. Mas em certos momentos sinto raiva, vergonha e medo.
Na semana passada me peguei reproduzindo aquele velho discurso da importância que tem um objetivo de vida para os meus alunos. Depois pensei: E eu, qual o meu objetivo? Estou sempre diante do coelho, assim como a Alice no país das maravilhas, não sei pra onde ir, então qualquer lugar serve.
Queria ser a Doroty do Mágico de Oz, que identificou rápido quem ela era e o que queria. Dessa forma, já avisou o Bil Murray em Encontros e desencontros, fica mais fácil viver.

Um comentário:

  1. Nunca fui muito ligada em grana não - mas a gente ainda tem que comer, pagar as contas e, por favor, pagar a cerveja. Eu já me perguntei tanto onde eu tou e pra onde eu vou que acabei desencanando. Mas tamo aê. Querendo dar um pau na Alice ou no Coelho, é só avisar.

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